A comissão organizadora do 5º Congresso dos Jornalistas incluiu jovens da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPCDM) de Lisboa como parte do staff. Inês Lopes, uma das jovens que faz parte desta equipa, tendo a missão de entregar a documentação aos participantes, considera que estas oportunidades são essenciais para serem “reconhecidos, não como pessoas com deficiência”, mas “como pessoas com capacidades”.

Maria João Duarte, secretária do Sindicato dos Jornalistas, sugeriu à comissão organizadora do congresso a ideia de envolver pessoas com necessidades especiais, como apoio à logística do congresso. É um tema que lhe é próximo, pois tem um filho com trissomia 21.

A secretária do Sindicato dos Jornalistas refere também que os jovens são preparados para este tipo de funções, nas respetivas associações onde se encontram, de modo a que se sintam mais incluídos na sociedade. No caso do 5º Congresso dos Jornalistas, estão a participar os utentes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPCDM) de Lisboa.

Maria João Duarte, secretária do Sindicato dos Jornalistas

Não sendo a primeira vez que os jovens da APPCDM prestam apoio numa iniciativa deste tipo, não existiram quaisquer preocupações em relação a serem escolhidos para fazerem parte da equipa. “É uma forma de aplicarem todas aquelas atividades que ao longo dos anos têm sido ensinadas”, refere Maria João Duarte.

Inês Lopes é um exemplo de como é possível ser autónoma. “Vai e vem de transportes sozinha, do São Jorge para casa”, revela Maria João. “No congresso praticamente recebi as pessoas com os meus colegas. E também entreguei os sacos do congresso”, afirma Inês Lopes, utente da APPCDM.

Inês Lopes, APPCDM