Congresso já arrancou: “Se servir para nos unir, já valeu a pena”

Congresso já arrancou: “Se servir para nos unir, já valeu a pena”

É com “expectativas elevadas” que Pedro Coelho, presidente do 5.º Congresso de Jornalistas, se mostra no primeiro dia do evento, que arrancou esta quinta-feira no cinema São Jorge.

Apesar do momento “muito complicado” que a classe atravessa, o jornalista acredita que o congresso poderá servir para aproximar os profissionais da área: “Se servir para nos unir e estarmos todos mais juntos para lutar pela salvação do jornalismo, só isso, já valeu a pena”, afirmou ao Jornal do Congresso.

Questionado sobre a maior dificuldade que os jornalistas enfrentam nesta altura, o presidente do Congresso considera que a grande ameaça “é externa” à classe e prende-se com “questões financeiras”.

Luís Filipe Simões, presidente do Sindicato dos Jornalistas, uma das entidades promotoras do evento, também tem a expectativa de que o Congresso deixe sementes para o futuro: “Que daqui saiam alguns caminhos, porque o jornalismo vive um momento de emergência e de crise”, afirmou ao Jornal do Congresso. “Fazer um jornalismo de qualidade, livre e independente” é o se pretende, diz.

Numa altura em que no São Jorge se reúnem centenas de profissionais do setor, o presidente do SJ recordou também que “o jornalismo é sobretudo paixão”. “Depois de entrar, já nunca mais se quer sair e, portanto, acho que o jornalismo vai ter longos anos de muita dedicação e de muita paixão, porque há uma coisa mais importante do que ganhar muito dinheiro, que é trabalhar com paixão e isso acho que os jornalistas fazem todos os dias”, referiu.

Também presente na sessão de abertura, António Borga, presidente da Casa da Imprensa, outro dos promotores do evento, manifestou boas expectativas em relação ao Congresso, destacando que o jornalismo é uma área que requer vocação.

Quanto às dificuldades no exercício do jornalismo, António Borga afirma que “a profissão tem dificuldades que são inerentes”. “O procurar a verdade e procurar relatá-la com isenção e com a objetividade possível em si mesmo é uma dificuldade grande”, concluiu.

 

Por: Beatriz Graça | Instituto Politécnico de Tomar e Sofia Sousa | UTAD
Fotografia: Afonso Rodrigues | IS Miguel Torga; Pedro Esteves | Instituto Politécnico de Viseu e Cátia Voytovych | Instituto Politécnico de Portalegre