O jornalismo é “um pilar da democracia”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, na sessão de abertura do 5º Congresso dos Jornalistas, esta quinta-feira, 18 de janeiro. O Presidente da República mostrou-se preocupado com o futuro do setor, mas atribuiu a crise do jornalismo a uma conjuntura económica desfavorável, crises sucessivas, pandemia e guerras.

Maria Flor Pedroso, presidente do Clube de Jornalistas, afirmou que este congresso promete ser a luz ao fundo do túnel que a profissão precisa, numa altura em que “os jornalistas são removidos como cadáveres nas guerras que os políticos não conseguem acabar”. Mas antes de encontrar soluções, é preciso perceber os problemas atuais do jornalismo, que vão desde salários baixos a agressões, como frisa Luís Filipe Simões, presidente do Sindicato dos Jornalistas, referindo o exemplo recente do jornalista do Expresso agredido “apenas por ser jornalista”.

“Têm de ser os jornalistas a construir o futuro dos jornalistas”, alerta Pedro Coelho, presidente da Comissão Organizadora do Congresso. E deixou uma certeza: este congresso tem de fazer a diferença, encontrar soluções para uma profissão que é de serviço público, mas tem vindo a perder trabalhadores. Desde o último congresso, em 2017, “436 pessoas saíram do jornalismo”, revelou.

O 5.º Congresso dos Jornalistas é organizado pelo Sindicato dos Jornalistas, Clube de Jornalistas e Casa da Imprensa e prolonga-se até domingo, 21 de janeiro.