A destruição anunciada de um grupo de comunicação social

A destruição anunciada de um grupo de comunicação social

Quando a administração de um grupo de comunicação social anuncia o despedimento de 200 trabalhadores, afirmando que, com esse número, quer salvar a empresa, entramos no reino do absurdo.

O JN, a TSF e o Jogo vivem à mingua de recursos. Cortar no osso é destruir, é fragilizar o esqueleto, é sucumbir.

Quem são estes arquitetos do desastre, que entraram de rompante com o propósito de cortar?

Quem são estes arquitetos do caos que parecem estar, como dizia há dias um camarada da Comissão Organizadora do Congresso dos Jornalistas, a que orgulhosamente presido, que parecem estar a construir um jardim – o Diário de Notícias – em cima de um cemitério – o JN, a TSF, o Jogo?

Quem são estes arquitetos do desnorte que contratam diretores e um chefe de redação para o velhinho DN, ao mesmo tempo que ameaçam com a destruição total do JN, TSF e Jogo?

Sou pela salvação do DN, só poderia sê-lo, mas a minha solidariedade com o JN, TSF e Jogo exige-me, exige-nos, que contribuamos para travar a destruição, em aparência programada e deliberada, de um grupo de comunicação social.

Pedro Coelho, Presidente da Comissão Organizadora do 5.º Congresso dos Jornalistas